segunda-feira, 14 de maio de 2012

No fim, asas.


E triste pelo fim, dentre tantas possibilidades, decidiu voar.
Era preciso, naquele instante mágico, único, eterno.
Alma e corpo, um só, o momento, contemplação da vida.
Ah! O voo.

Não queria o pouso, era o repouso, sem chão, sem passado.
Voava como queria, como sonhou um dia, sem medos.
O vento rasgava a carne, purificava, se viu apenas alma.
Ah! Tinha asas!

Os homens da razão não entendiam o voo que contemplavam
E não havia importância, era enfim, um ser que não pousa
Agora era apenas o voo, o voo da sua alma, para longe.
Aos outros, o chão. 

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Diz ai.

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