quarta-feira, 16 de maio de 2012
Prosinha de Pé Descalço
Nos olhos trago as cores de minha vida, as cores que vi, não as que veem em mim. Cores que me fazem escrever certos poeminhas de pé descalço. Simplórios, iguais a infância que vivi.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
No fim, asas.
E triste pelo fim, dentre tantas possibilidades, decidiu voar.
Era preciso, naquele instante mágico, único, eterno.
Alma e corpo, um só, o momento, contemplação da vida.
Ah! O voo.
Não queria o pouso, era o repouso, sem chão, sem passado.
Voava como queria, como sonhou um dia, sem medos.
O vento rasgava a carne, purificava, se viu apenas alma.
Ah! Tinha asas!
Os homens da razão não entendiam o voo que contemplavam
E não havia importância, era enfim, um ser que não pousa
Agora era apenas o voo, o voo da sua alma, para longe.
Aos outros, o chão.
terça-feira, 8 de maio de 2012
Mãos
Não sou poema, tampouco verso.
Não sou música, quiçá um acorde.
O que sou? Mãos.
O que sou? Sonhos.
Mãos e sonhos
Mãos que desenhariam pra ti um universo se faltasse o céu.
Sonhos que tem apenas em ti razão de existir.
Mãos que te acompanhariam por onde quisesse caminhar.
Sonhos que são teus e somente teus.
Sou mãos e sonhos.
Suas mãos, seus sonhos.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Sobre encontros
Ela era tão somente uma entre outras
Ele, somente outro e não a conhecia.
Ela deu seus sonhos para quem não queria
Ele tinha sonhos para dar
Ela chorou sozinha em noites frias
Ele se embebedou em noites solitárias
Ela desistiu de quem queria
Ele desistiu de sonhar
Ela o encontrou
Ele sorriu
Ela o percebeu
Ele a viu.
Entre ela e ele a mágica aconteceu.
E ela sorriu e ele sonhou.
E eles ainda são.
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